A mão e a matéria
Etapas de uma haptlogia da obra de arte
Como a mão forma à matéria na prática artística? Como conceber sua relação na gênese de uma obra de arte? A presente obra propõe uma releitura do pensamento estético a partir de questões duradouramente escamoteadas por seus historiadores. Em oposição ao oculocentrismo predominante (dominante), com efeito, desenvolveu-se desde o nascimento da estética no século XVIII, como a face oculta de um Janus, uma haptlogia da obra de arte que determina a experiência estética como essencialmente sensorial corporal, e a prática artística como o percurso da mão que encontra o seu caminho no coração da matéria.
​
Herman Parret retraça a história dessa estética haptológica e analisa os conceitos chaves por meio de uma releitura dos textos fundamentais, de Baumgarten à Lyotard, passando por Lessing, Diderot, Kant, Herder, Nietzsche, Riegl, Husserl, Merleau-Ponty, Giovanni da Udine, Henri Focillon e Gilles Deleuze. Ele mostra como a hipótese haptológica se imiscu no quadro geral da reflexão de seus pensadores e termina sempre por se justificar, disponibilizando uma continuidade desconhecida sobre mais de dois séculos da estética filosófica.
​
Herman Parret é professor emérito de filosofia da linguagem e de estética na Universidade de Louvain (KU Leuven). Suas publicações ocupam-se da pragmática linguística e filosófica, a semiótica textual e visual, a epistemologia da linguística e da semiótica e a estética filosófica.
​
[I2]Prefiro “ocupam-se da” ou “tratam da”